O aumento em 5 milhões do número de pessoas em risco de pobreza entre 2008 e 2013, para um total de 122,6 milhões de pessoas em toda a União Europeia é muito significativo. O número de pessoas com graves privações materiais aumentou para 45 milhões, bem como o número de pessoas que não podem fazer face a despesas inesperadas.
O relatório centra-se, neste contexto, nas privações com que os agregados familiares se confrontam, não conseguindo fazer face aos encargos domésticos - onde se destaca electricidade, gás e água, bens que aumentaram significativamente nos últimos anos, como consequência da privatização dos sectores, da sua liberalização e desregulação.
Situação que tem particular impacto junto de idosos e crianças, pela incapacidade de certos agregados pagarem aquecimento, com as nefastas consequências que daí advêm.
O relatório sugere uma série de medidas de apoio: a redução da despesa energética e investimento em medidas de poupança; a garantia de um rendimento mínimo para cada pessoa; o reforço dos fundos da UE para a luta contra a pobreza e inclusão social. Refere ainda a importância do acesso aos serviços públicos e o direito inalienável à água.
Não obstante um enquadramento alinhado com as macropolítica económica da UE, o relatório tem factores essencialmente positivos.
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