Repudiamos de forma veemente, a extrema violência, barbárie e actos terroristas perpetrados pelo denominado EIIL/Daesh, que a resolução denuncia.
Mas o mesmo texto omite de forma flagrante as responsabilidades que EUA e UE têm na realidade a que hoje assistimos. Esquece que os mesmos que hoje são apontados como inimigos, foram no passado aliados na desestabilização do Iraque e da Síria.
O que se impõe é a solidariedade e o apoio aos povos, Sírio e Iraquiano, vítimas da bárbara acção destes grupos e da ingerência e agressões militares perpetradas pela NATO a mando dos EUA e UE. Rejeitamos em absoluto que, a pretexto do seu combate, se dê continuidade e se aprofundem os mesmos processos de ingerência, agressão e guerra movidos pelos interesses geoestratégicos, políticos e económicos dos EUA e do directório de potências europeias.
A escalada de violência que ameaça arrastar estes povos para um desastre cada vez maior, não terá termo sem que se garanta o respeito pela soberania e independência dos povos.
Pelo exposto o voto de abstenção.