Intervenção de Sandra Pereira no Parlamento Europeu

Sobre o Ano Europeu das Competências

Aquando da aproximação do terminus do designado ano Europeu das Competências, cumpre fazer o balanço e perguntar o que fez esta iniciativa pelas chamadas competências? O mesmo que o ano europeu da juventude não fez pela juventude? Ou o que o ano europeu do transporte ferroviário não fez pela ferrovia?
A resposta para todas elas ficará muito longe daquilo que a propaganda anunciou e daquilo que a realidade necessitava.

Distanciamo-nos desta visão mercantil das qualificações, vistas como meros instrumentos para satisfazer as necessidades do patronato e em que é à medida dessas necessidades que as qualificações são pensadas e implementadas.

Distanciamo-nos da ideia do chamado envelhecimento ativo que mais não faz que alimentar a pressão para a diminuição de direitos e para o aumento da idade de reforma e defendemos que o que se impõe é o direito a um envelhecimento com direitos e com dignidade.

O que é necessário é o trabalho com direitos e salários justos e dignos, que correspondam às qualificações profissionais dos trabalhadores, ao conhecimento adquirido ao longo da vida!

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