A 11 de Maio, assistimos a um autêntico Golpe de Estado no Brasil. O Senado brasileiro tomou a decisão de suspender o mandato presidencial de Dilma Rousseff e a sua substituição pelo vice-presidente, um personagem, esse sim formalmente acusado e reconhecidamente atolado em escândalos de corrupção, profundamente contestado pelo povo brasileiro e comprometido o processo de golpe.
Trata-se de uma revanche pela derrota dos sectores mais reaccionários nas eleições de 2014, que para lá do derrube da legítima Presidente do Brasil, visa reverter a evolução num sentido favorável aos trabalhadores e às camadas mais frágeis da sociedade brasileira verificada nos últimos anos, com um processo de desestabilização e golpista, inseparável de projectos ditatoriais.

Assim pergunto ao Presidente do Conselho:
Tendo em conta o carácter ilegítimo do actual poder político no Brasil, que avaliação faz das relações entre a UE e o Brasil neste enquadramento?