Passam hoje 38 anos sobre uma data maior na História recente de Portugal.
O projecto de progresso e desenvolvimento, independente e soberano, a que a Revolução de Abril abriu portas exigia uma banca ao serviço do povo e do país.
Esta exigência cumpriu-se a 11 de Março de 1975 com a nacionalização da banca.
Trinta e oito anos depois, a banca, entretanto reprivatizada, não apenas está longe de cumprir a sua função social como se constituiu num autêntico sorvedouro de recursos do povo e do país.
O capital financeiro arrecada milhares de milhões de euros, por via dos programas da UE e do FMI e da especulação sobre os juros da dívida soberana. Dinheiro extorquido dos bolsos dos trabalhadores e do povo português, num processo viabilizado pelos tratados e pelas políticas da UE.
É preciso e é possível parar com este assalto! A nacionalização da banca, com o controlo público e democrático de todo o sistema financeiro é um imperativo de justiça, e um passo necessário para vencer bloqueios e colocar o país de novo no caminho de Abril, do progresso, do desenvolvimento e da justiça social.