Esta resolução junta-se à já longa lista de acções de manipulação, ingerência e desestabilização levadas a cabo por este parlamento. O processo democrático e progressista, de afirmação soberana e de cooperação, iniciado na viragem do século na Venezuela nunca foi do agrado das classes dominantes – locais e europeias. O golpe de Estado de 2002 contra o Presidente Hugo Chávez e a Constituição bolivariana de 1999; a guerra económica que tem sido movida contra este país, a partir de dentro e de fora; a ordem executiva da Administração dos EUA, que considera a Venezuela uma “ameaça incomum e extraordinária” para a “segurança nacional e a política externa dos Estados Unidos”; as sanções e ameaças de acção militar dos EUA contra este país e a acção intervencionista do Secretário-geral da OEA contra este Estado são exemplo de acções de ingerência nos assuntos internos de um Estado soberano. Da nossa parte repudiamos todas as ações de ingerência e desestabilização política, económica e social contra a República Bolivariana da Venezuela e reafirmamos o direito do povo venezuelano a decidir soberanamente sobre o seu caminho de desenvolvimento, livre de quaisquer ingerências e pressões externas e em paz. Por isso esta resolução mereceu naturalmente o nosso voto contra.