A resolução votada no Parlamento, omite de forma despudorada, as suas responsabilidades e da UE na agressão militar, que fora aqui legitimada em 2011, e nos gravíssimos problemas de instabilidade política e económica que assolam a região e que resultaram da intervenção estrangeira protagonizada pela NATO, EUA e UE. Uma guerra de agressão imperialista que criou uma enorme tragédia para a população civil, com milhares de mortos e a destruição da infra-estrutura social e económica deste país. Uma ofensiva imperialista contra o mundo árabe que consagra a postura neocolonialista do Ocidente em relação ao Norte África e ao Médio Oriente, motivada pelo controlo geoestratégico e exploração das imensas riquezas da região, nomeadamente as suas reservas de petróleo. Omite igualmente as responsabilidades das grandes potências no alastramento de grupos terroristas na região, nomeadamente por via da continuada venda e exportação de armas.
Por outro lado, a resolução abre portas e legitima a possibilidade de uma nova intervenção militar externa na Líbia, que tudo aponta está em preparação.
Reafirmamos o direito do povo líbio a decidir sobre o seu destino, o seu direito à soberania e à paz, livres de ingerências externas.
Votámos contra.