Pergunta ao Governo N.º 110/XI/2

Situação na Carveste – Concelho de Belmonte, Distrito de Castelo Branco

Situação na Carveste – Concelho de Belmonte, Distrito de Castelo Branco

Face à situação incerta em que se encontram os trabalhadores da Carveste, em Caria, no Concelho de Belmonte, o Grupo Parlamentar dirigiu a Pergunta nº 1628/XI/1ª ao Ministério da Economia, Inovação e Desenvolvimento a 23 de Fevereiro, à qual continuamos a aguardar resposta.

Os trabalhadores continuam a receber as suas remunerações em atraso. Todos os meses os trabalhadores têm de recorrer a formas de luta para receberem os seus salários. Continua em atraso o pagamento aos trabalhadores referentes a 30% do subsídio de férias deste ano e uma parte do subsídio de férias de 2009.

Esta empresa emprega mais de 200 trabalhadores, contudo cerca de 30 encontram-se com o contrato suspenso por salários em atraso. Trata-se de uma importante empresa do sector têxtil no Distrito de Castelo Branco, sector que tem sido continuamente destruído com o encerramento de empresas e o aumento de trabalhadores em situação de desemprego.

No contacto estabelecido entre o Sindicato dos Têxteis da Beira Baixa informou-nos que o Ministério da Economia lhe deu a conhecer que o Fundo Imobiliário Especial de Apoio às Empresas (FIEAE) não tinha disponibilidade financeira para apoiar o projecto de viabilização económica entregue pela empresa ao IAPMEI.

Ao abrigo do disposto na alínea d) do Artigo 156.º da Constituição da República Portuguesa e em aplicação da alínea d), do n.º 1 do artigo 4.º do Regimento da Assembleia da República, solicitamos ao Governo, que por intermédio do Ministério da Economia, Inovação e Desenvolvimento, nos sejam prestados os seguintes esclarecimentos:

1. Porque o Ministério da Economia, Inovação e Desenvolvimento não respondeu à Pergunta nº 1628/XI/1ª dirigida pelo PCP? Aguardamos a resposta.

2. Que medidas vai o Governo tomar para que a Carveste continue a produzir e mantenha os mais de 200 postos de trabalho?

3. Num encontro com o Sindicato o Governo disse que das três empresas deste grupo só haveria condições para apoiar uma. Quais os critérios de apoio e qual a empresa a ser apoiada? O que sucede às restantes?

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