Intervenção de Sandra Pereira no Parlamento Europeu

Situação humanitária dos refugiados nas fronteiras externas da UE

A mesma União Europeia que se proclama como grande defensora dos Direitos Humanos alimenta uma das maiores crises humanitárias da actualidade, assim já reconhecida pela ONU.
 
Os mais diversos critérios (selectivos, restritivos e desumanos) são criados para escolher uns e abandonar outros, obrigando-os a permanecer em autênticos campos de concentração, sobrelotados, em condições desumanas, deploráveis e degradantes.
 
A União Europeia prossegue os esforços para consolidar o conceito de “UE fortaleza”, promovendo a externalização das suas fronteiras, mesmo que à luz de decadentes e criminosos acordos como o acordo com a Turquia, ou com a Líbia, país destruído pela intervenção directa da UE e das suas potências, entre outras ditas parcerias, impondo as suas políticas para as migrações a países terceiros, condicionando inclusive a ajuda ao desenvolvimento à implmentação de restrições aos fluxos migratórios.
 
Uma vez mais reafirmamos que é preciso pôr fim à desestabilização, ingerência e agressão sobre países terceiros, e cumprir escrupulosamente o direito internacional em matéria de migrações.

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