Numa reunião recente com Organizações Não Governamentais e voluntários portugueses com intervenção na área do apoio aos refugiados fui alertado para o atraso na chegada de refugiados a Portugal, ao abrigo do programa de relocalização decidido pela UE.
Apesar do envolvimento de várias organizações portuguesas – públicas e privadas, incluindo religiosas – na criação de condições para uma boa recepção aos refugiados, estes tardam de chegar, sem se perceber muito bem porquê. Mesmo o parco contigente estabelecido ao abrigo do programa de relocalização (manifestamente insuficiente face às necessidades) ainda não chegou, apesar de há muito estarem criadas as condições para o acolher.
Em face do exposto, pergunto à Comissão Europeia se dispõe de informações relativamente às razões do atraso na concretização das decisões tomadas neste domínio e que medidas foram tomadas para lhe fazer face. Pergunto também, em face do enorme contingente de refugiados ainda a aguardar condições de acolhimento e de uma situação no terreno extremamente preocupante do ponto de vista humanitário, se estão previstas outras medidas neste domínio.