Pergunta ao Governo N.º 212/XII/3

A situação das Administrações da Carris e do Metropolitano

A situação das Administrações da Carris e do Metropolitano

Depois de ter pactuado com todas as decisões da Administração da Carris e do Metro, e desta ter executado todas as orientações emanadas do (erradamente designado) PET/Plano Estratégico de Transportes, o Governo decidiu há seis meses despedir o Presidente das respetivas administrações, Silva Rodrigues.
Com essa sua decisão, o Governo tentou"limpar"as suas próprias responsabilidades no processo dos famigerados contratos “swap”, onde de facto Silva Rodrigues tomara decisões que custaram dezenas de milhões de euros à empresa.
Ora, esse mesmo administrador regressou agora ao Grupo Barraqueiro, com uma choruda indeminização paga pelas empresas públicas e para administrar uma empresa privada que beneficia e muito das decisões que Silva Rodrigues e o Governo tomaram na Carris: seja a saída da Carris dos concelhos limítrofes à cidade de Lisboa (que a luta das populações em parte travou), seja os contratos de passes combinados da Carris com a RL. E regressou a um Grupo que, como é sabido, está publicamente a preparar-se para tomar o controlo das empresas que
Silva Rodrigues administrava até há seis meses.
Mas o mais grave é que o Governo mantém na Carris e no Metro uma administração sem presidente, de pessoas com conhecidas e profundas relações pessoais e profissionais com Silva Rodrigues, que têm como tarefa preparar a concessão destas empresas ao Grupo Barraqueiro.
É uma situação inaceitável e escandalosa de total promiscuidade.
Assim, ao abrigo do disposto na alínea d) do Artigo 156.º da Constituição da República Portuguesa e em aplicação da alínea d), do n.º 1 do artigo 4.º do Regimento da Assembleia da República, perguntamos ao Governo, através do Ministério da Economia:
Quando vai o Governo nomear uma administração para o Metropolitano e uma administração para a Carris em condições de desenvolver estas empresas públicas e defender os interesses públicos?

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