No Afeganistão, mais de um milhar de crianças e jovens morreram, o ano passado, em resultado da guerra de ocupação dos EUA e da NATO. De acordo com a Afghanistan Rights Monitor (ARM), os bombardeamentos, as minas antipessoais e os combates mataram pelo menos 1050 menores de 18 anos em 2009.
A este dado, a ARM agrega outros que ajudam a perceber a razão pela qual o Afeganistão é o país do mundo com maior índice de mortalidade infantil.
Uma em cada cinco crianças (20 por cento) morre antes de fazer cinco anos. Mais de 60 por cento das mortes infantis devem-se a infecções respiratórias e intestinais (70 por cento da população carece de água potável).
No Afeganistão, 7,5 milhões de crianças e adultos encontram-se em situação de fome extrema, diz a Agência das Nações Unidas para os Refugiados.
Nestas circunstâncias, pergunto à Comissão:
- Não considera pertinente redireccionar verbas do orçamento da UE destinadas a despesas militares, como as relacionadas com a presença militar no Afeganistão, a programas de cooperação e ajuda à população afegã, visando designadamente o combate à fome extrema e à mortalidade infantil?
