Declaração de voto de Ilda Figueiredo no Parlamento Europeu

A situação na Líbia

A maioria do PE celebra com esta resolução um acto de agressão contra um país independente e soberano, violando o Direito Internacional, a Carta das Nações Unidas e a própria Resolução 1973 do Conselho de Segurança das ONU, que, a seu tempo, e de forma hipócrita apoiou, com o pretexto da imposição de uma "zona de exclusão aérea".

É a hipocrisia habitual na defesa dos "direitos humanos", com um silêncio absoluto em relação aos massacres perpetrados pela NATO e pelos seus aliados na região contra o povo líbio, causando milhares de mortos e a destruição de importantes infra-estruturas e serviços básicos de boa qualidade.

E para que não restem dúvidas sobre os propósitos desta agressão, aí estão as declarações dos principais responsáveis das potências da UE e da NATO a reconhecer que esta guerra de invasão e ocupação da Líbia tinha como propósito a satisfação dos seus interesses estratégicos: controle de importantes riquezas naturais, saque dos fundos soberanos líbios e imposição do seu domínio na região.

No atoleiro da crise do capitalismo, as guerras e as agressões continuam a ser uma arma do sistema. A luta e a resistência são as armas dos trabalhadores e dos povos.

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