Com a criação e entrada em funcionamento da variante ferroviária da Trofa, a REFER abandonou completamente o edifício da Estação Ferroviária localizada precisamente no centro urbano deste Concelho e que o servia.
Uma rápida visita ali feita no passado sábado tornou visível o estado de degradação completa em que o edifício está por responsabilidade exclusiva da REFEr e total passividade das forças de segurança e da fiscalização municipal que, aparentemente, nada têm feito para obrigar a REFER a resolver com a máxima urgência a situação.
Os vidros das portas e das janelas de acesso ao interior estão completamente partido, o solo encontra-se repleto de vidros partidos, o interior da estação está totalmente desfeito e, as portas e janelas arrombadas.
O local transformou-se, por incúria e responsabilidade da REFER e passividade do Município e das Forças de Segurança, uma espécie de palácio de toxicodependentes e de ponto de atracção de todo o tipo de marginalidade.
As condições de segurança das pessoas que continuam a passar pelo local e o deplorável espectáculo com que se confrontam os alunos da Escola EB2,3 que se situa a poucas centenas de metros do local, e que por lá transitam, é absolutamente deplorável e confrangedor.
Se a REFER não tivesse votado o edifício ao completo desprezo e abandono, o entaipamento de portas e janelas seria suficiente para evitar uma tão degradante quanto perigosa situação criada na antiga estação ferroviária de Trofa.
Para além desta inusitada questão, resta ainda saber o que vai acontecer com o futuro deste edifício, cujas características patrimoniais parecem recomendar a respectiva preservação e reutilização futura. Bem se sabe que neste antigo canal ferroviário estaria prevista a passagem da linha do metro que deveria já estar em construção, não fora uma decisão do actual Governo que mandou suspender a obra e adiá-la sem qualquer data fixa, havendo mesmo quem diga que nunca mais será construída esta linha do metro, sem que as autoridades locais municipais “mexam uma palha sequer”…
Certo é que, no projecto da linha do metro que estava já em fase de adjudicação, não estava, ao que sabemos, prevista a transformação da antiga estação ferroviária em estação do metro, embora seja hoje uma hipótese credível que a afluência de pessoas e de serviços naquele local possa crescer exponencialmente se se vier a concretizar que, nas proximidades daquele local, possam vir a ser construídas as futuras instalações dos Paços do Concelho da Trofa.
Face a tudo o que fica descrito, importa que, ao abrigo das disposições regimentais e constitucionais aplicáveis, o Governo, através do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, responda às seguintes perguntas:
1. Têm, a REFER e o Governo, a noção da situação absolutamente degradada em que se encontra o edifício da antiga Estação Ferroviária da Trofa?
2. Têm, a REFER e o Governo, a noção que o edifício da Estação Ferroviária da Trofa tem as portas e janelas arrombadas, o interior destruído e todos os vidros partidos?
3. Têm, a REFER e o Governo, a noção que este antigo edifício da Estação Ferroviária da Trofa está transformado num ponto de encontro de marginalidade e de toxicodependentes?
4. Têm, a REFER e o Governo, a noção que este local é um foco de total insegurança para as pessoas que por lá passam e para as crianças da Escola EB 2,3 que se situa nas proximidades?
5. De que está a espera a REFER e o Governo para procederem à limpeza do local e ao entaipamento de todas as portas e janelas do edifício da antiga estação ferroviária da Trofa?