Depois de vastas obras de intervenção estrutural, no plano da sustentabilidade, e de remodelação e modernização, designadamenteem todo o pavimento, a ponte Eiffel sobre o Rio Lima, em Viana do castelo, reabriu ao trânsito na parte final de 2007.
Meses e meses de obras – quase dois anos - em que as populações foram impedidas de usar a ponte Eiffel, tendo sido obrigadas a fazer desvios diários de vários quilómetros, não viram, depois de tudo pelo que passaram, definitivamente solucionados os problemas na ponte Eiffel.
Na realidade, muito pouco tempo depois da reabertura da ponte, começaram a surgir danos ao longo do pavimento do tabuleiro da Ponte Eiffel que prejudicavam de forma muito séria e crescente a circulação e que, à medida que o seu estado se degradava, colocavam mesmo riscos sérios de segurança.
A situação agravou-se e dois anos e meio depois da reabertura, a REFER voltou a encerrar a travessia do Rio Lima em Viana do Castelo através da Ponte Eiffel, dando início a novas obras de reposição do pavimento danificado.
No entanto, menos de dois anos após esta nova reparação – espera-se que os seus custos tenham sido imputados, ao abrigo de regime de garantia, ao empreiteiro adjudicatário da obra anterior e que não tenha havido nova participação de meios financeiros dos contribuintes – e de novo o pavimento da ponte Eiffel volta a estar completamente esburacado!...
Aliás, a REFER decidiu proceder a testes de ensaio de pavimento e, logo em Janeiro de 2011, pouco mais de seis meses após aquela nova reparação, pelo que voltou a encerrar a circulação num dos sentidos da travessia, tendo repetido ensaios já em Julho de 2012., de novo com o condicionamento do trânsito.
Esta simples descrição levanta, mesmo para um leigo, a fundada suspeita de que a obra de remodelação do pavimento da ponte Eiffel de Viana do Castelo, realizada entre 2005 e 2007, terá sido mal executada; e que, da mesma forma, a reparação concretizada em 2010 terá siso também insuficiente ou inadequada, já que seis meses depois estava já danificada de forma irreparável.
O que Viana do Castelo e a sua população não podem continuar a suportar é circular numa ponte com um pavimento sistematicamente degradado e que coloca em risco a segurança da travessia. E por isso há que encontrar uma solução definitiva, que de todo não parece estar a ser intensamente procurada pela REFER que se arrasta há mais de dois anos na realização de testes….
Face ao descrito, e não obstante as nossas anteriores perguntas sobre o mesmo tema, importa que sejam atualizadas informações e que sejam dadas respostas claras às populações e à cidade de Viana do Castelo. Por isso, e ao abrigo das disposições regimentais e constitucionais aplicáveis, solicita-se ao Governo que, por intermédio do Ministério da Economia e do Emprego, responda às seguintes perguntas:
1.Quem pagou a reparação do pavimento feita em Junho de 2010? Foi a REFER ou foi o empreiteiro responsável pelas obras realizadas entre 2005 e 2007? A que causas é que, na altura, se atribuíram as responsabilidades pela rápida degradação do pavimento da ponte, integralmente remodelado e inaugurado em Outubro de 2007? Foi erro no projeto, má execução da obra ou utilização indevida de materiais apropriados para a instalação daquele pavimento?
2.E que ra zões determinaram que, poucos meses após esta nova reparação, o pavimento se tivesse de novo degradado de forma aparentemente irrecuperável? Que causas e que responsabilidades, desta feita? Quem vai arcar com os custos de nova intervenção?
3.Que testes têm a REFER realizado desde Janeiro de 2011? Que objetivo pretende a REFER alcançar? Porque é que as conclusões desses testes demoram tanto tempo (quase dois anos) sem resposta ou qualquer explicação pública?
4.Quanto tempo mais é que Viana do castelo tem que permanecer sujeita a fazer a travessia da Ponte Eiffel com pavimentos esburacados? Quando é que o Governo vai dar uma resposta definitiva a um problema que se arrasta há mais de cinco anos?
Pergunta ao Governo N.º 875/XII/2
Situação do pavimento na Ponte Eiffel de Viana do Castelo
