As respostas do representante do Conselho sobre os ganhos obtidos com a criação do chamado "semestre europeu" visando uma vigilância e uma ingerência permanentes e anti-democráticas sobre os Estados-Membros na elaboração do seus orçamentos nacionais, demonstra bem os objectivos centrais deste processo político de centralização do poder ao serviço de grupos económicos e financeiros. O que se passa em Portugal é, disso, um ataque tão frontal e profundo aos direitos sociais e laborais, com uma proposta de orçamento de estado que pretende graves cortes salariais, redução brutal do poder de compra das populações e das funções sociais do estado, aumento em duas horas e mia semanais da jornada de trabalho sem qualquer contrapartida aos trabalhadores e empobrecimento geral da população, o que também conduzirá ao encerramento de mulheres de PME, aumento das desigualdades sociais, da exclusão social para níveis insuportáveis e escandalosos, afinal, isto que pretendem com o Semestre Europeu?