O relatório reconhece que o aumento do desemprego, o crescimento da pobreza e da exclusão social se deve ao impacto da “consolidação orçamental”. No entanto, nas propostas continua a defender medidas que têm sido integradas na política de consolidação orçamental e de reformas estruturais, as quais levaram, precisamente, aos problemas que o próprio relatório diagnostica. São as medidas que conduziram à redução dos salários, aos lay-off, aos cortes no investimento público contrários ao crescimento económico e, portanto, responsáveis pelo aumento da taxa de desemprego. O relatório recomenda, por exemplo, a continuação da consolidação orçamental e das reformas estruturais, a flexisegurança, o alinhamento dos salários com a produtividade, o aumento da idade de reforma, a promoção da mobilidade como forma de diminuir o desemprego em alguns países. Votámos contra.