Declaração de voto de Pedro Guerreiro no Parlamento Europeu

Revisão eventual da posição comum da UE sobre Cuba - Declaração de voto de Pedro Guerreiro no PE

Como temos vindo a denunciar, é a União Europeia - e não Cuba
relativamente a qualquer país da UE - que tem uma inaceitável "posição
comum", adoptada há cerca de 11 anos, que explicita como seu "objectivo
incentivar o processo de transição" e "impulsionar uma mudança pacífica
em Cuba". Que país aceitaria tal acto de descarada ingerência nos seus
assuntos internos?

A presente resolução, adoptada pela maioria do Parlamento Europeu (neste caso, 50 parlamentares) afina pelo mesmo diapasão.

O seu objectivo é a alteração "substancial" do "regime político,
económico e social" em Cuba, sendo sugerido o apoio "incondicional" e o
fomento "sem reservas" ao "início de um processo pacífico de transição
política", nos termos da dita "posição comum". Para tal propõem acções
de ingerência directa da UE neste país, nomeadamente através da
utilização dos "instrumentos de cooperação para o desenvolvimento",
como a dita "Iniciativa Europeia para a Democracia e os Direitos do
Homem", de forma a apoiar a realização das tais "mudanças" em Cuba.

Em síntese, e como anteriormente afirmámos, o seu objectivo é apenas
continuar obstaculizar a normalização das relações entre a UE e Cuba,
seguindo subordinadamente a política dos EUA relativamente a este país.

Ou seja: inaceitável!

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