Resultados da reunião do G20

Os resultados da reunião do G20 denotam, antes de mais, o grau de profundidade de uma crise que está longe de ser ultrapassada.

É visível a incapacidade das principais potências capitalistas para superar a crise sistémica em que estão mergulhadas – por isso mesmo, por se tratar de uma crise sistémica, que não encontrará solução senão no quadro da superação do sistema injusto e opressor que a gerou.

Perante novos dados que acentuam a perspectiva de estagnação ou mesmo de recessão nalgumas das principais economias, por exemplo na Europa, as centenas de medidas apontadas para a recuperação económica redundam em pouco mais que uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma.

Na ausência de margem de manobra para a aplicação da receita keynesiana, tal a dimensão da crise, reafirma-se a perspectiva de canalização de recursos públicos para as multinacionais, ao abrigo dos programas de investimentos em infra-estruturas (de que o chamado plano Juncker é expressão na União Europeia).

Mais uma vez, fala-se em combater a evasão fiscal mas nem uma palavra sobre o fim dos paraísos fiscais e da desregulação do sistema financeiro que continuam a permitir essa evasão, para além de outras práticas criminosas, como o branqueamento de capitais.

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