Esta resolução constitui um abjecto e deplorável acto de revisionismo histórico.
Pela mão da direita e da social-democracia, são promovidas as mais reaccionárias concepções e falsificações da História contemporânea, numa deplorável tentativa de equiparar fascismo e comunismo, minimizando e justificando os crimes do nazi-fascismo.
Centrando essa despudorada equiparação no contexto do Pacto Ribbentrop-Molotov, escondendo o seu enquadramento histórico, esta resolução omite importantes comportamentos de tolerância, cumplicidade e alinhamento das principais potências capitalistas com o ascenso do fascismo em vários países europeus, motivados pelo combate ao ideal comunista e às enormes realizações e conquistas económicas e sociais alcançadas pelos trabalhadores e os povos da URSS, que alentavam a luta e anseios dos trabalhadores e dos povos por toda a Europa.
Esta resolução procura apagar o contributo decisivo dos comunistas e da União Soviética para a derrota do nazi-fascismo. Tenciona, igualmente, silenciar o papel dos comunistas na libertação dos povos da opressão fascista, como ocorreu em Portugal, ou o papel que desempenharam e desempenham no avanço da conquista de direitos democráticos – políticos, económicos, sociais e culturais – dos trabalhadores e dos povos. Ao mesmo tempo, pretende abrir caminho para intensificar a perseguição e proibição de partidos comunistas, e outras forças progressistas, como vem sucedendo, com a cumplicidade da UE, em vários países.