Mais um acordo de livre comércio assinado pela UE. Desta feita, culminando um processo atribulado, em que as negociações encetadas com a Comunidade Andina acabaram por ser concluídas apenas com a Colômbia e o Peru.
O chamado “road map” para os direitos humanos e laborais pretende mitigar as críticas feitas ao livre comércio e, bem assim, alguns dos seus efeitos mais negativos. Mas evidentemente não altera a essência deste acodo. Cá estaremos para avaliar os seus resultados práticos. Entre duas partes desiguais, o livre comércio é sempre o proteccionismo dos ricos. Não podem ser ignoradas as pressões em curso sobre países que até aqui beneficiavam do sistema SPG, para que agora assinem acordos deste tipo.
Por outro lado, mais uma vez se comprova a hipocrisia da UE no que diz respeito a questões de direitos humanos. Arma de arremesso para atacar países que não alinham com os seus interesses, são convenientemente ignorados quando convém. É agora o caso da Colômbia, onde claras violações dos direitos humanos têm vindo a ser denunciadas por inúmeras organizações sociais, em especial sindicatos. Organizações e sindicatos que se opuseram a este acordo, denunciando as suas consequências negativas.
Votámos contra.