Esta resolução constitui mais um exemplo de que como o PE insiste em ingerir na Ucrânia, neste caso em relação ao processo de eleições legislativas de 28 de Outubro passado. Seria interessante saber se o PE tornaria este assunto tão visível se tivesse sido a força política da chamada “Revolução Laranja”, mais alinhada com os interesses económicos da UE, a ganhar as eleições. A ingerência é tal que a os deputados que aprovaram esta resolução instam à “melhoria do Código Eleitoral da Ucrânia”.

De salientar ainda a tentativa – por agora gorada – por parte do PPE de incluir uma emenda oral que instava os partidos “pró-democráticos” eleitos a não estabelecerem ligações ou acordos com o Partido Comunista da Ucrânia (que obteve quase 15% dos votos), à semelhança do se mencionava em relação ao partido fascista Svoboda, no texto-base da resolução. É mais uma tentativa por parte de forças do PE de tentar equiparar o comunismo ao fascismo e de criminalizar as forças comunistas. Quando se criminalizarem os comunistas e o seu ideal libertador, está a condenar-se a democracia e a liberdade de escolher um projecto alternativo ao capitalismo, ou seja, será a EU a dar o exemplo mais anti-democrático ao mundo.