Intervenção de João Ferreira no Parlamento Europeu

Repercussões da falência do Grupo Thomas Cook

A Thomas Cook caiu com o estrondo com que cai uma empresa com 22 mil trabalhadores, fora os postos de trabalho indiretos que lhe estavam associados. Uma empresa detentora de 105 aviões e 200 hotéis.

Esta falência, nas suas causas e consequências, levanta o véu que cobre a realidade de um setor marcado por uma feroz concorrência, muitas vezes desleal, entre grandes grupos multinacionais e um imenso tecido de micro, pequenas e médias empresas que lutam para sobreviver. Um setor marcado por uma enorme precariedade laboral, por uma elevada exploração, por baixos salários, que contrastam com os lucros gigantescos dos capitalistas do setor, mesmo quando associados a práticas de gestão ruinosas. Outros acabam por pagar a conta, como se vê.

Um setor marcado também, como se viu, pela posição vulnerável dos consumidores.

Há que agir sobre esta realidade.

Esta falência tem um impacto relevante em Portugal, em especial no Algarve e na Madeira.

Importa que ninguém fique de fora dos instrumentos aqui anunciados para dar resposta aos prejuízos causados por esta falência.

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