Declaração de voto de Inês Zuber no Parlamento Europeu

Relatório sobre as Finanças Públicas na UEM 2011 e 2012

Não restam dúvidas sobre a cumplicidade da maioria do PE em relação à dita política de austeridade. Este relatório é mais uma prova disso mesmo. Aqui se reincide na contradição de que a austeridade pode ser aplicada com uma política de crescimento económico, ideia defendida pela social-democracia na tentativa de branquear a sua conivência com o rumo de desastre económico e social que está a ser imposto a países como Portugal. Para além de "validar" o caminho que tem vindo a ser imposto a vários países em termos de finanças públicas, o qual não só não resolveu nenhum dos problemas que se propunha, nomeadamente o défice e as dívida pública, como os aprofundou, transformando dívida privada em dívida pública, privatizando empresas públicas (perdendo lucros e impostos), aumentando impostos sobre os trabalhadores, cortando em direitos laborais e sociais, a maioria do PE defende que se vá ainda mais longe.
Defende a implementação da Estratégia 2020, a redução de impostos sobre o trabalho para as empresas (ameaçando a sustentabilidade da segurança social) o aumento da idade de reforma, a ligação dos salários à produtividade, a liberalização de vários sectores e privatização de empresas públicas, despedimentos na administração pública e a extinção de níveis de administração (freguesias e municípios).

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