Como consequências das políticas liberais, a dolorosa realidade demonstra que o desemprego, a pobreza e a desigualdade têm rostos femininos. Em todos estes indicadores, as mulheres aparecem sistematicamente à frente dos homens.
Procurar combater esta realidade com esta nova e moderam panaceia do empreendedorismo é totalmente ilusório, pretendendo curar a doença com o agente responsável pela mesma doença.
Os problemas a discriminação de género no emprego combatem-se com uma legislação progressista que promova o emprego de qualidade estável e bem remunerado. Não podemos promover a precariedade que gera o desemprego feminino e depois vir aqui defender o empreendedorismo feminino.
Se queremos igualdade de género, temos que criar condições a todas as mulheres para uma cidadania plena. Isto implica segurança no emprego, combate a todas as práticas de descriminação de género e serviços públicos de qualidade que possam assegurar saúde e educação a todas as crianças.
Não é infelizmente o actual rumo da política da UE mas sê-lo-á um dia com a luta das mulheres e de todos os trabalhadores.