Declaração de voto de Sandra Pereira no Parlamento Europeu

Relatório sobre a Estratégia da UE para as Florestas - Rumo a seguir

A gestão sustentável das florestas deve ter em conta não apenas os aspectos da sua rentabilidade económica/financeira, mas promover a multifuncionalidade da floresta e a sustentabilidade dos ecossistemas florestais, fomentar o ordenamento florestal e combater o abandono rural. As opções politicas da UE, o subfinanciamento, a privatização e desmantelamento de serviços públicos, e o domínio dos monopólios sobre o sector da madeira asfixiaram milhares de pequenos produtores florestais. A defesa das florestas exige outras políticas, agrícolas, de desenvolvimento rural, comerciais, e o fim das limitações impostas ao investimento público nacional. Não se pode valorizar a floresta e os ecossistemas florestais sem ter em conta o rendimento dos produtores. O preço da produção lenhosa é uma questão crucial para assegurar o interesse e envolvimento dos proprietários numa gestão activa da floresta. É fundamental simplificar e desburocratizar o acesso aos apoios da UE dirigidos às florestas, tendo em conta o quadro de dificuldades sentidas pelos pequenos e médios proprietários e mesmo por parte de algumas entidades públicas. Este relatório em vez de reconhecer a importância da protecção florestal (conservação da natureza) e da gestão da floresta sustentável (silvicultura), foca-se nos aspectos ligados à gestão florestal com fins e para potenciais utilizações económicas, o que chamam de bioindústria. Votámos contra.

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