O relatório refere-se às empresas e organizações do “terceiro sector”, da chamada economia social e solidária. Propõe o estabelecimento de incentivos ao “empreendedorismo social”, considerado uma resposta mais justa e estrutural à crise socioeconómica , ao desemprego ou à exclusão.
Não obstante o trabalho positivo das organizações da chamada economia social e solidária, a sua relevância socioeconómica e o reconhecimento do devido apoio e enquadramento que estas organizações merecem, o relatório enfatiza o empreendedorismo (não apenas neste sector) como a solução – absoluta! - para os problemas das sociedades da UE, e a criação de empresas como a resposta à qual todos os sistemas (económico, educativo/formativo) devem ser orientados (inclusão nos currículos escolares de disciplinas de empreendedorismo, por exemplo). Coloca, ainda, estas organizações como substitutas dos serviços públicos – numa tendência para a desresponsabilização do sector público dos serviços (públicos, gratuitos e de qualidade) que devem prestar às populações. Votámos contra.