Relatório relativo aos progressos no domínio das energias renováveis

As intenções da relatora foram em parte frustradas por um contexto difícil, que decorre da composição e da relação de forças existente neste parlamento. As alterações introduzidas à versão inicial do relatório não o melhoraram, pelo contrário. Apesar disso, o relatório conserva aspectos positivos que nos levam a apoiá-lo. O relatório refere, e bem, que a transição para um modelo de produção de energia sustentável é uma prioridade social que não pode ser confiada apenas ao mercado. Pelo contrário, temos de compreender que a regulação e a participação democrática são necessárias para evitar graves externalidades sociais e ambientais. Devemos impedir que os oligopólios energéticos possam definir o futuro energético da Europa. Acrescentaríamos que uma condição dessa regulação democrática do sector é a propriedade e gestão públicas, democráticas, do mesmo. Essa regulação do sector, na qual devem pesar decisivamente as opções soberanas de cada Estado-Membro, deve resolver os numerosos problemas que travam o desenvolvimento das energias renováveis. Deve ser favorecido o investimento público, o controlo democrático e um quadro estável para o investimento, a fim de facilitar a gestão colectiva e democrática da energia e garantir um modelo energético plenamente soberano, eficiente e limpo, segundo o relatório, até 2050. O relatório defende um impulso político ambicioso para cumprir os objectivos fixados.

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