Opomo-nos a partes de relatório que advogam a mercantilização do património cultural e a defesa das parcerias público-privadas.
Algumas propostas como a criação de um portal único da UE dedicado ao património cultural, que reúna informações de todos os programas de financiamento da UE orientados para o património cultural, o aumento do limite máximo de 5 milhões de euros para projectos de investimento em infra-estruturas de pequena escala, a criação de um quadro politico para o ambiente histórico-património imóvel, que contenha um enquadramento regulamentar para os monumentos e as paisagens arqueológicas e históricas, são recomendações que acompanhamos.
Não acompanhamos - e questionamo-nos sobre - o sentido da designação "Património da União Europeia" atribuída a partir de uma mera localização dos elementos de património em causa, já que como se sabe, o património "europeu" é devedor de muitas culturas e poderia ser igualmente reivindicado por outros geograficamente fora do continente europeu. Mais, entendemos que esta designação assenta no desenvolvimento da falácia da existência de uma identidade e cultura europeias únicas, assentes em valores "europeus", entrando por um domínio particularmente sensível: o da História, que poderá servir para alimentar processos de reescrita da História, branqueando-a. Abstivemo-nos.