Este relatório trata o empreendedorismo jovem como se fosse a tábua de salvação para o desemprego jovem. O relatório considera que o desemprego jovem é uma consequência da falta de formação para o empreendedorismo, defendendo que os jovens devem desde cedo ser formatados para quererem ser futuros empreendedores, independentemente de outros sonhos e aspirações que possam ter. Esconde, como é hábito sempre que se fala em empreendedorismo jovem, o que deve ser o papel dos Governos no sentido da promoção do pleno emprego, e empurra para as costas dos jovens a responsabilidade individual em aprender a ser empreendedor de modo a conseguir ter um futuro. Esconde ainda que não basta saber ser empreendedor, já que sem financiamento não se abrem negócios, nem se criam empregos.
Mais uma vez vem o Parlamento Europeu contribuir para a difusão da ideia de reorganização do trabalho em modelos cada vez mais isolados, individuais e desprotegidos, desta vez propondo que esta ideia seja difundida aos jovens desde a mais tenra idade. Votámos contra.