O relatório salienta a importância da definição de políticas de mobilidade urbana que sejam sustentáveis, no sentido de não inibirem o desenvolvimento das cidades, regiões e países, ao mesmo tempo que assegurem a redução dos impactes ambientais do sector dos transportes, melhor planeamento urbano, a melhoria dos índices de saúde e inclusão social. Objectivos pertinentes.
O impacte dos transportes nas sociedades (especialmente das urbanas, que em 2050 concentrarão em 85% da população da UE) é significativo. A organização da mobilidade urbana atribui preponderância ao automóvel – 50% dos cidadãos na UE utilizam diariamente automóvel próprio, enquanto apenas 16% utilizam o transporte público e 12% a bicicleta. O sector dos transportes é, assim, o único que não diminuiu as emissões de gases com efeito de estufa.
O relatório enfatiza a promoção dos transportes públicos de qualidade e acessíveis (até como meio de dinamizar as economias urbanas e ajudar a combater a pobreza e exclusão social), a necessidade de promover planos de mobilidade, a utilização de combustíveis alternativos, a melhoria das situações de poluição e do seu impacte na saúde humana (emissão de poluentes atmosféricos e poluição sonora) e a redução da sinistralidade. Defende-se uma abordagem “bottom-up”, em contraponto à imposição de orientações pelas instituições europeias.
Não obstante algumas insuficiências, votámos favoravelmente.