A presente proposta de resolução tece um amplo conjunto de considerandos sobre o processo de integração da Sérvia na UE. Bem para além da avaliação do processo, aponta um vasto conjunto de condicionalismos com vista à adesão, que confirmam a extensão da ingerência e perda de soberania impostos aos países e povos no processo de adesão à UE.
Destacamos as reformas no sistema judicial e político, reconhecimento por parte da Sérvia da existência do Kosovo, reformas laborais, privatizações, reestruturação do sector público, protecção do investimento privado, reforma orçamental, imposições no âmbito do funcionamento das instituições, cooperação com o Tribunal Penal Internacional para a Ex-Jugoslávia.
Os sucessivos alargamentos têm permitido aos grandes grupos económico-financeiros o alargamento do mercado interno comunitário, permitindo o domínio de novas economias, criando novas oportunidades para a exploração de uma mão-de-obra qualificada e de baixo custo.
É inaceitável a postura senhorial com que são expostos os considerandos e as condições exigidas para satisfazer os preceitos referentes à integração do país, retirando aos povos o legítimo direito de decidir o seu futuro, onde se inscreve, a escolha livre e soberana da adesão à UE, mas também as estratégias de desenvolvimento económico e social.
Por estas razões votámos contra.