A maioria do PE regozija-se com a concessão do estatuto de país candidato à Sérvia pelo Conselho Europeu, motivação que decorre da assinatura do "Primeiro Acordo sobre os Princípios de Normalização, alcançado entre os primeiros-ministros da Sérvia e do Kosovo. Igual a si mesma, a maioria do PE congratula-se com este primeiro passo tendo em vista a aceitação final da independência do Kosovo pela Sérvia, mantendo-se este um protectorado da NATO e da UE em pleno coração dos Balcãs.

A maioria do PE estabelece neste relatório um roteiro detalhado de ingerência nos assuntos internos da Sérvia tendo em vista vergar este país e levá-lo a aceitar o que as grandes potências da NATO e da UE ambicionam desde o desmantelamento da Jugoslávia: a imposição de estados párias subjugados aos interesses das grandes potências e dos monopólios. Objectivos que visam, como se reconhece na resolução, "abolir as barreiras administrativas à realização de negócios", a privatização de empresas públicas e reduzir a presença do Estado na economia.
O semear de divisões étnicas, a agressão e o apoio à destruição da Jugoslávia tinham como propósito dominar economicamente os países que daí resultassem, os seus recursos naturais, explorar os seus trabalhadores e destruir as imensas conquistas sociais dos seus povos.