O relatório anual da União Bancária faz a avaliação anual do seu estado ao nível da UE, assentando esta em três pilares: supervisão conjunta, resolução e seguro comum de depósitos. Este relatório difere pouco de anos anteriores, pedindo a completude do terceiro pilar. Reiteramos que este é um projeto de integração que visa debilitar ainda mais o poder de decisão, soberano e democrático dos Estados relativamente ao seu sistema económico e ao seu desenvolvimento. Visa também a concentração do setor bancário e financeiro, com o objetivo de perpetuar o poder dos países da UE com maior hegemonia económica e política. Não podemos ignorar que um estudo recente do FMI tenha revelado que “os bancos portugueses são dos que melhor conseguem transferir para os clientes a subida das taxas, assim como atrasar a passagem dos aumentos dos depósitos”. A União Bancária acentuou a criação de “instituições demasiado grandes para falir”. O sector bancário está longe de servir os interesses e as necessidades de desenvolvimento em países como Portugal, sendo que os processos de fusão e aquisição e o crescente controlo do sector por parte de capital estrangeiro, o encerramento de centenas de balcões, os milhares de trabalhadores despedidos, deteriorou da qualidade do serviço junto das populações e das PME