Declaração de voto de Ilda Figueiredo no Parlamento Europeu

Relatório sobre a Política de Concorrência 2009

É inaceitável que num momento de aprofundamento da crise financeira e económica seja aprovado, no Parlamento Europeu, um relatório sobre a Política de Concorrência de 2009 que faz a apologia da concorrência e insiste em novas liberalizações, designadamente no sector ferroviário, quando afirma ser necessária a "realização do mercado interno ferroviário mediante a abertura dos mercados nacionais de transportes de passageiros". O mesmo se passa relativamente ao sector farmacêutico quando solicita à Comissão que " acelere a realização do mercado interno dos medicamentos", nas telecomunicações, etc.

O que temos, pois, é uma relatório que pretende o aprofundamento das liberalizações em sectores básicos fundamentais para a melhoria das condições de vida das populações, sem cuidar das consequências no emprego, nos preços e na vida das pessoas.
Apenas lhe interessa os ganhos dos grupos económicos e financeiros, mesmo que, num caso ou outro, haja referência às PME que a política neoliberal da União Europeia está a pôr em causa. Esquece sempre que dita livre concorrência apenas dá liberdade às grandes empresas para esmagar as pequenas e, depois, quem sofre as consequências são trabalhadores, consumidores e pequenos empresários.

Por tudo isto, votámos contra o relatório.

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