Intervenção de Inês Zuber no Parlamento Europeu

Relatório FMI

Crescimento, aumento do consumo interno, protecção das pessoas socialmente mais vulneráveis. Palavra que se repetem, longe da realidade quotidiana. Na Análise Anual do Crescimento 2014 a Comissão Europeia novamente se tenta atirar areia para os olhos.
O Relatório sobre a 8ª e 9ª Avaliações do FMI sobre a execução do Programa da Troika em Portugal refere a necessidade de uma redução dos custos de produção, incluindo dos salários. Não vale a pena enganar mais os portugueses – o que está na calha é sim, a diminuição dos salários, é atirar cada vez mais portugueses para o salário mínimo de 485 euros, como tem acontecido. Talvez um dia queiram mesmo acabar com o salário mínimo nacional. O que não se percebe é como se promove o consumo interno nem se protege os mais vulneráveis. Terão que proteger 25% da população portuguesa que está em risco de pobreza, muitos deles trabalhadores. Os socialmente “vulneráveis” que os senhores falam caritativamente são famílias reais destruídas pelas vossas políticas, mas que resistem.

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