Neste Conselho foram retomadas as posições da dita Estratégia de
Lisboa, com as liberalizações e privatizações, a flexibilidade laboral
e o ataque previsto aos direitos de quem trabalha, de que se destaca a
anunciada comunicação sobre a "flexigurança".
Aliás, nas Conclusões do Conselho é dito expressamente " Com vista à
preparação do novo ciclo trienal da Estratégia de Lisboa renovada, o
Conselho europeu convida a Comissão a apresentar um relatório
intercalar no Outono de 2007, tendo em vista a sua proposta de
Orientações Integradas para o Crescimento e o Emprego (2008-2011). Além
disso, o Conselho europeu convida os Estados-membros a apresentarem em
tempo útil os seus relatórios nacionais sobre a implementação dos
programas nacionais de reforma."
Ou seja, continua toda a pressão para que continuem as privatizações e os ataques aos direitos laborais.
Relativamente à dita constituição europeia não há informações,
sabendo-se , no entanto, que continuam também as pressões para que haja
uma Conferência Intergovernamental durante a Presidência Portuguesa,
retomando, assim, pela calada, o projecto de consagração constitucional
deste neoliberalismo, acompanhado da centralização do poder, do
federalismo e da via militarista.