O Parlamento reconhece o que já se antecipava quando o aprovou: o orçamento é insuficiente, mais ainda no quadro de sucessivos instrumentos, impondo ou mais endividamento, ou antecipação de verbas, ou a resposta a mais com o mesmo orçamento.

O problema? Inflação e guerra dizem. Mas onde cabem os impactos das sanções ou os aproveitamentos especulativos que geram lucros ainda mais obscenos aos grandes grupos económicos?

Sucessivas reduções do orçamento, na coesão, nos envelopes nacionais, na agricultura e pescas, enquanto se opta por aumentar as despesas militares e os programas que servem sobretudo às grandes potências não é conjuntural, resultam de uma decisão política.

O que se exige é um efectivo reforço do Orçamento pelas contribuições nacionais na base do Rendimento Nacional Bruto de cada país, pondo fim às borlas aos países que mais beneficiam da integração.

O reforço cabal da coesão e dos fundos estruturais, eliminando as rubricas da defesa e intervencionismo.

Pôr fim à condicionalidade económica e política e alinhar as opções de investimento com as necessidades reais de cada país.