O nosso país atravessa o país uma crise que todos reconhecemos, apesar das profundas divergências que nos separam do Governo PS e dos interesse do grande capital que o Governo defende, sobre as causas dessa crise e das medidas a tomar.
Neste quadro, o Governo tem insistido na tese da necessidade da redução salarial dos trabalhadores e da redução do quadro de pessoal no Estado.
Foram tornadas públicos esta semana duas situações relativas à CP: por um lado, a contratação, pela CP, de um novo consultor para as questões de imagem, por um valor de 4500 euros, e entanto isso, a anunciada redução aos trabalhadores da CP do seu seguro de saúde, agravando-lhes os custos de acesso a esses serviços. Ao mesmo tempo, todos sabemos da brutal ofensiva sobre os salários dos trabalhadores da CP.

Assim, ao abrigo do disposto na alínea d) do Artigo 156.º da Constituição da República Portuguesa e em aplicação da alínea d), do n.º 1 do artigo 4.º do Regimento da Assembleia da República, pergunto ao Governo, através do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, o seguinte:

1. Conhece e confirma o Ministério estas duas informações, relativas à contratação pela CP de um novo consultor de comunicação e à redução do seguro de saúde para os trabalhadores da empresa?
2. A redução do seguro de saúde dos trabalhadores permitirá à CP arrecadar que verba mensal? É essa verba suficiente para pagar o salário do novo consultor?
3. Sendo evidente a utilidade de um seguro de saúde, qual a urgente necessidade de um novo assessor de comunicação e imagem, numa empresa que já tem cerca de uma dúzia de trabalhadores inseridos em gabinetes para a Imagem e Informação.