Declaração de voto de Inês Zuber no Parlamento Europeu

Recomendação do PE ao Conselho sobre a 67ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas

Não sendo possível assinalar todos os importantes aspectos contidos neste relatório - e são muitos -, sublinhamos a hipocrisia de quem afirma defender o direito internacional, a ONU e o seu papel na “governação global”, ao mesmo tempo que apoiam a sua perversão e instrumentalização, nomeadamente através do papel da NATO, do G8, G20, FMI, OMC e outros fóruns que visam impor o retrocesso no avanço democrático das relações internacionais - representado através da criação da ONU - e uma ordem mundial sobre o domínio das grandes potências imperialistas.

Uma vez mais invocam hipocritamente o “respeito, promoção e protecção da universalidade e indivisibilidade dos direitos humanos” e a necessidade de os reforçar à escala internacional, quando os violam ou são cúmplices da sua violação todos os dias, apoiando o terrorismo de estado de Israel sobre o povo palestiniano e a ocupação e matança de civis no Afeganistão, entre muitos outros exemplos.
Apoiam a “responsabilidade de proteger” que se pode traduzir pelo aprofundamento dos processos de ingerência, agressão e violação das soberanias nacionais quando estejam em causa os interesses das grandes potências mundiais. E defendem uma legitimidade de Estado que a UE não tem, com a já velha aspiração de obterem um lugar num alargado Conselho de Segurança da ONU.

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