«Caricatura emblemática.» «Asneiras flatulentes do costume.» «A caminho do infalível Waterloo.» «Encarregou-se de estatelar (...) a política africana da UE.» «Uma enteléquia bisonha.»
«Patente inabilidade arrogante.» «Parvoíces ominosas.»
«Modos de soba.» «Caso patológico de ventriloquia.»
«A presidência grega teve [uma] coerência meiga e torpe.» [Houve] «países que fizeram um valente manguito
[...] o manguito é uma imparável arma de destruição maciça.»
«Tornou-se um caso patético» e «(...) quando for preciso asnear de novo, a sua polidez voltará a estalar».
Esta elevada utilização da língua portuguesa pertence à crónica que Vasco Graça Moura dedicou esta semana à situação internacional em geral e ao Presidente Chirac em particular.
O mesmo cronista e deputado subscreveu também um documento que, recorrera eu ao seu requintado vocabulário, designaria por uma enteléquia bisonha contendo as parvoíces ominosas e asneiras flatulentes do costume em inflamado apoio à política de guerra do sr. Bush.
Socorro-me ainda de outra frase da elevada crónica em epígrafe: «Ter o rei na barriga não é propriamente o mesmo que trazê-lo na cabeça.»