Eunice Lourenço chamava ontem, no Público, a atenção para ser ridículo o Dr. Paulo Portas ter afirmado que já sabia o que queria fazer quanto a ir a eleições coligado ou não a verdade é que haver coligação depende, pelo menos, de dois, e se um – o PSD – ainda não sabia se a queria, é inviável que o outro já soubesse que faria uma coisa que não sabia se podia ser feita...
Rendeu uns largos minutos de telejornal, é claro.
Mas os tiros no pé da soçobrada maioria continuam. Todo contente, o Dr. Dias Loureiro (duvidosamente bem sucedido guru de Santana Lopes) revelou que o primeiro-ministro considerara seriamente nos últimos tempos a hipótese de se demitir e dar origem a eleições antecipadas e que ele próprio, o guru, lhe tinha avançado ser ideia com méritos.
Ambos verificariam, como foi dito, que a situação do Governo era periclitante, minada pela falta de credibilidade e por disparates sucessivos.
Ora não foi necessário esperar pelo discurso de Jorge Sampaio para saber que este tomara a decisão de dissolver o Parlamento e convocar as eleições exactamente por entender que o Governo estava periclitante, minado por falta de credibilidade e por disparates sucessivos.
O Dr. Santana Lopes ou o Dr. Dias Loureiro bem podiam ter dado uma palavrinha aos Dr.s Morais Sarmento, Marco António e outros. Sempre se tinha evitado tanto insulto e disparate.