Este relatório visa conceder quitação à Comissão e às agências executivas pela execução do Orçamento da UE de 2022. O Tribunal de Contas Europeu (TCE) estimou que o nível de erro das despesas de 2022 se situou em 4,2%, mais do dobro do limiar de materialidade, uma deterioração face aos dois anos anteriores (3,0% em 2021 e 2,7% em 2020). O TCE detectou problemas nas despesas baseadas em reembolsos, cujo nível de erro estimado é de 6%, declarando que os efeitos dos erros detetados pelo TCE são materiais e generalizados nas despesas aceites neste exercício. Por estes motivos votámos contra a decisão de quitação em causa. Na resolução algumas alterações da direita em claro ataque à ajuda humanitária prestada pela Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA). Apesar de o texto original distinguir entre alegações e factos, remetendo para a investigação das Nações Unidas em curso, ficaram no texto final que essas alegações do Estado de Israel provêm de “relatos credíveis”, legitimando a ideia de a própria União Europeia possa estar a financiar terrorismo. Não compactuamos com o processo de tomar alegações por factos e, assim, contribuir para o recuo na ajuda humanitária prestada pela UNWRA. Votámos contra a resolução.