Intervenção de João Ferreira no Parlamento Europeu

Qualidade da água destinada ao consumo humano

Esta proposta, que altera a Directiva relativa à qualidade da água destinada ao consumo humano, é da maior gravidade.

Ela aumenta significativamente os custos directos do abastecimento de água, a imputar aos utentes, empolando igualmente os encargos públicos indirectos para fiscalização e controlo, sem que isso se reflicta num aumento da segurança, pelo contrário.

Põe entraves à prestação do serviço público. Favorece a privatização.

Inviabiliza soluções locais de abastecimento económicas que podem ser seguras e viáveis.

Passa à margem de recomendações de entidades como a Organização Mundial de Saúde.

Põe em causa funções do Estado, de supervisão, fiscalização e controlo, substituídas por um alegado “autocontrolo” das empresas concessionárias de serviços de água.

É complacente com os concessionários não cumpridores.

Esta proposta significa água mais cara, mais insegura e de pior qualidade.

Só a indisfarçável subordinação da Comissão Europeia aos interesses das grandes transnacionais da água a pode explicar.

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