Protestos de Agentes Culturais em Évora: Vale a pena lutar

Protestos de Agentes Culturais em Évora: Vale a pena lutar

A Plataforma Pela Cultura em Évora, constituída por agentes culturais da cidade, saiu à rua ontem, dia 23 de Fevereiro, e juntou artistas, criadores individuais e eborenses ligados à cultura, na concentração realizada em frente da Câmara Municipal de Évora, gerida pelo PS, onde decorria a reunião pública da Câmara Municipal. Cerca de 300 pessoas, protestaram contra a falta de dialogo por parte da Câmara PS e exigiram o pagamento dos apoios de 2009 ainda em atraso e que sejam cumpridos os compromissos assumidos relativamente a 2010.

O manifesto que a Plataforma distribuiu à população referia que “trazemos a nossa indignação face ao incumprimento dos compromissos assumidos pela autarquia, á ausência de diálogo com estruturas e artistas, à redução dos projectos culturais a meras relações de custo benefício” e “em Évora, cidade Património Mundial, batemo-nos por uma política cultural de cidadania, de participação e de responsabilidade”.

A dívida da Câmara Municipal do PS aos agentes culturais relativa a 2009 é superior a 200.000 euros e nestes agentes culturais trabalham mais de 100 pessoas.

Em simultâneo, na reunião pública da Câmara Municipal, os eleitos da CDU denunciaram a falta de cumprimento dos compromissos assumidos pela Câmara PS, a falta de transparência na gestão dos dinheiros públicos e apresentaram uma proposta concreta para a resolução dos problemas dos agentes culturais.

A proposta foi aprovada por unanimidade e nela é referido de forma muito clara que “a Câmara Municipal delibera atribuir os apoios financeiros às actividades regulares dos agentes desportivos e sócio culturais, nos termos de anteriores deliberações (são mantidos os critérios da atribuição de apoios até agora utilizados): 1.Referente ao 2.º semestre de 2009; 2. Referente ao ano de 2010 e 3 Solicitar ao Departamento Jurídico que até final de Março de 2011 informe a Câmara do enquadramento legal destas deliberações, para que os respectivos pagamentos sejam efectuados”.

Uma vitória dos agentes culturais a que a CDU deu corpo em termos políticos e institucionais.

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