A primeira grande falha desta resolução está na ausência de reconhecimento da grande contradição existente entre a Política Agrícola Comum, cada vez mais liberal, orientada para os mercados e que empurra os agricultores para modelos de produção intensivos, onde o lucro de sobrepõe ao bem-estar e saúde animal, e todas as evidências científicas que nos alertam para a necessidade de defender os equilíbrios ecológicos, o bem-estar animal, a biodiversidade e a saúde pública. Poderia e deveria ter ido mais além, fazendo a crítica e recusando o produtivismo da actual PAC e defendendo uma outra política agrícola.
Consideramos que existe a necessidade de um quadro legal que traduza as preocupações da generalidade dos cidadãos no que toca à salvaguarda do bem-estar animal, mas não acompanhámos todas as propostas de alteração apresentadas.
Antes de condenar ou proibir/banir práticas mais ou menos tradicionais, devíamos defender a necessidade de garantir pessoal que execute as fiscalizações, e outro pessoal especializado que actue e esteja presente no terreno, apoiando os produtores, como veterinários públicos e outros profissionais da saúde animal.
Outra das falhas é que não é dado o devido enfoque às razões do falhanço da anterior estratégia para o bem-estar animal.
Apesar das suas insuficiências e limitações reconhecemos aspectos positivos nesta resolução.