Não podemos deixar de dizer que esta resolução tem aspectos positivos, nomeadamente ao assumir o compromisso da defesa da paz, através de um cessar-fogo bilateral, renunciando ao uso da violência e apelando à reconciliação e, portanto, apoiando as negociações de paz e a sua continuidade. Positivamente, é ainda de relevar o apelo à extensão do processo à ELN, a defesa expressa de políticas que promovam a igualdade e o desenvolvimento, destacando-se a reforma agrária, a defesa do fim das políticas de perseguição a grupos de esquerda e a sindicatos, entre outros. Embora não responsabilize claramente o responsável pelo conflito colombiano – o terrorismo de Estado levado a cabo pelos governos colombianos – nem demonstre claramente a injustiça social a que o povo colombiano tem sido sujeito desde há décadas, a resolução defende, no essencial, a continuação e sucesso do processo de paz.