Pergunta ao Governo

Promoção da Precariedade nas Lojas Francas de Portugal

Promoção da Precariedade nas Lojas Francas de Portugal

As Lojas Francas de Portugal são detidas maioritariamente pela TAP, cuja tutela pertence ao Ministério dos Transportes.
Fomos informados que esta Empresa está a proceder à contratação de uma Empresa de Trabalho Temporário para receber as vendas a bordo. Os trabalhadores que actualmente executam essas tarefas vão ser transferidos para outras funções. É mais um sector do Aeroporto cujos postos de trabalho deixarão de corresponder a um contrato de trabalho efectivo, sendo antes brutalmente precarizado.
A substituição de trabalhadores efectivos por subcontratação a empresas de trabalho temporário é sempre um comportamento condenável e prejudicial ao país. Neste caso, tratando-se de uma empresa pública, é ainda um mau exemplo que deve ser evitado.

Assim, ao abrigo do disposto na alínea d) do Artigo 156.º da Constituição da República Portuguesa e em aplicação da alínea d), do n.º 1 do artigo 4.º do Regimento da Assembleia da República, pergunto ao Governo, através do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, o seguinte:

1. Vai o governo transmitir a orientação, às Empresas do Sector Empresarial do Estado, para combaterem a substituição de trabalhadores efectivos por subcontratação de empresas de trabalho temporário?
2. Ou tem o Governo o entendimento de que, na tutela da gestão, só lhe cabe impor cortes de salários e proibir a negociação colectiva, tendo as empresas toda a liberdade de gestão para precarizar as relações laborais?

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