O regulamento CE 203/2012, de 8 de Março de 2012 sobre vinho biológico implica que este seja produzido apenas a partir de uvas biológicas. Implica também o recurso às chamadas técnicas de vinificação «biológicas». Além de proibir o uso de produtos químicos sintéticos, proíbe igualmente uma série de métodos e processos físicos, incluindo electrodiálise.
A electrodiálise pertence ao grupo de tecnologias subtractivas, capazes de fornecer uma alternativa para a adição de aditivos químicos ao longo do processo de vinificação e designadamente na fase de engarrafamento. A extracção de compostos específicos responsáveis por um depósito indesejável na garrafa é fundamental para preservar a qualidade do vinho e a sua integridade.
A electrodiálise é um método puramente físico que não recorre a nenhum aditivo. É usada de forma recorrente fora da Europa na vinicultura biológica sendo considerada amiga do ambiente.
Pergunto à Comissão Europeia quais os fundamentos científicos que estiveram na base da proibição desta técnica na produção de vinhos biológicos.