Declaração de voto de João Ferreira no Parlamento Europeu

Programa de trabalhos da Comissão para 2016

Esta resolução é elucidativa quanto à profunda crise com que a UE se debate, quanto aos responsáveis por essa crise e quanto à estratégia desses responsáveis perante a crise que criaram.
O eterno consenso entre a direita e a social-democracia (com “liberais” e “verdes” a comporem o ramalhete) e as orientações por ele aqui plasmadas demonstram que os responsáveis pela situação actual não retiraram uma única lição da crise que criaram. Não se poderá dizer que não aprenderam com os erros porque erros não foram, de facto, antes opções deliberadas, como aqui se comprova.
À estagnação e recessão económicas, ao desemprego, à pobreza, às desigualdades sociais, à divergência crescente entre Estados-Membros, respondem com o aprofundamento das políticas neoliberais que geraram todo este quadro e com mais limitações à soberania dos povos e à democracia, visando levar ainda mais longe a dependência económica e a subordinação política de países como Portugal, crescentemente subjugados pelo directório das grandes potências, com a Alemanha à cabeça. Directório que procura também aprofundar a vertente militarista da UE para melhor satisfazer a sua pulsão imperial.
Votámos contra e com as alterações que apresentámos sinalizámos um caminho alternativo. Que é possível e cada vez mais necessário e que os povos, pela luta, farão seu.

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